Já imaginou morrer e poder ajudar uma pessoa doente a sobreviver por meio da doação de órgãos? Se você nunca pensou sobre isso, te convido a mergulhar nesse tema comigo.
Então, deixe as amarras do preconceito para trás e vamos juntos nesse assunto tão importante que é sobre amor, sobre vida!
Segundo site da CNN Brasil, nosso país é o 2º que mais realiza transplantes (ficando atrás apenas dos Estados Unidos). O Ministério da Saúde ainda mostra que, em 2021, foram realizados por volta de 23,5 mil procedimentos, sendo rim, fígado, coração e pulmão os órgãos mais transplantados.
Nosso país é referência mundial em doação e transplante de órgãos e o paciente terá todo o suporte necessário (incluindo testes e exames de compatibilidade, cirurgia e acompanhamento) pelo SUS.
Entretanto, de acordo com a Veja, o Brasil apresenta mais de 59 mil pessoas na fila de espera por um órgão, sendo que mais de mil destes são pacientes pediátricos (dados de 2022).
O grande desafio da doação de órgãos está na recusa familiar. Em 2022, 45% das famílias (ABTO – Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) recusaram a doação após a morte encefálica dos seus entes queridos.
Mesmo que a pessoa tenha deixado claro em vida que gostaria de doar, ela só acontece com a autorização da família, seguindo a lei nº 9.434.
UMA ÚNICA PESSOA PODE SALVAR A VIDA DE VÁRIAS, POIS ALÉM DA POSSIBILIDADE DE SE DOAR VÁRIOS ÓRGÃOS, TECIDOS TAMBÉM PODEM SER DOADOS.
O transplante é uma forma de tratamento de muitas doenças crônicas, mas não é a cura definitiva.
É UMA FORMA DE DAR CONTINUIDADE À VIDA DESSAS PESSOAS.
Para que o transplante ocorra, além da autorização familiar, há um protocolo de segurança rigoroso para a confirmação da morte encefálica do paciente. Quando a equipe de profissionais avalia que não há reversibilidade, abre-se o espaço para que se converse com a família sobre a doação.
Assim seguem uma série de entrevistas e análises do histórico de saúde da pessoa que faleceu, a fim de garantir a segurança dos receptores dos órgãos.
Pacientes com tumores malignos, doenças infecciosas graves ou agudas, doenças infectocontagiosas (HIV, hepatites B e C), doença de chagas e insuficiência de múltiplos órgãos são alguns dos impedimentos para a doação.
Não quero me adentrar em questões muito técnicas, mas quero dizer, mais uma vez, o quanto uma conversa sincera a respeito do desejo de doar órgãos é importante em qualquer momento da vida.
Você não precisa estar com uma doença grave para manifestar o seu desejo!
Dizer aos seus familiares e pessoas próximas o seu desejo é o primeiro passo. Explique os seus motivos e deixe claro o quão importante é isso para você. Não é preciso registrar em cartórios nem redigir um documento sobre isso, é apenas DIÁLOGO.
E você? O que pensa sobre o assunto?