Acreditar na imortalidade que achamos que existe é uma utopia: ter a consciência de que todos iremos morrer, mais cedo ou mais tarde, é o despertar para a vida.
Porque morrer é como acordar de um sonho bom: quando menos esperamos, acordamos.
E TALVEZ A VIDA SEJA ISSO: UM SONHO!
Veja bem: quando estamos apreciando um sonho bom, não queremos que ele acabe e nos esforçamos ao máximo para seguirmos dormindo… mas aí o despertador toca, o vizinho faz um barulho, a criança chora… mas todo sonho é assim: tem seu fim (bem como a vida).
Em contrapartida, os sonhos ruins – os quais chamamos de pesadelos – são capazes de nos deixar pensando horas a fio sobre eles, não é? tentamos encontrar significados ocultos, ficamos com o coração apertado.
Aí, mais uma vez, entra um paralelo com a vida: quantas vezes damos mais atenção às coisas ruins? Afinal, é muito mais fácil lembrar das experiências negativas.
E os sonhos bons? Ficam guardados em uma gaveta trancada a sete chaves.
Há momentos na vida em que pautamos nossas narrativas somente no que nos traz dor.
Deixamos os bons detalhes de lado e a nossa lente foca nas experiências ruins.
Mas a vida deve ser como um sonho lúcido: um sonho em que estamos dormindo, mas ao mesmo tempo estamos acordados.
Imagino que você já deve ter tido um pesado onde estava caindo do abismo: talvez você caia, mas talvez possa criar asas para enxergar tudo mais nítido.
Então vale a pergunta: ao final da sua vida, quais são os sonhos que você gostaria de lembrar? Prefere relembrar o que te machucou ou aqueles sonhos lúcidos que puderam te deixar mais feliz?
Vivemos sonhos inFINITOS o tempo todo.
Mas não podemos viver para sempre bons momentos, eles precisam passar para que possamos valorizá-los.
Não desperdice seus sonhos: impacte, agregue, preencha almas e crie conexões com as pessoas que você ama.
Também aprenda a contemplar as flores que nascem nos desertos e passe a amar sua própria solidão: preencha-se de si!
Escreva histórias, se relacione, esteja presente: não se arrependa das coisas que não fez, de que devia ter amado mais ou ter chorado mais.
“Sejamos todos imortais e inFINITOS nesse sonho chamado vida”
Ana Michelle Soares

Esse texto foi inspirado na conversa “Sobre ser inFINITO” com Ana Michelle Soares no Festival inFINITO 2021:
