Ao se deparar com a maturidade, muitas pessoas começam também a refletir sobre quais marcas vão deixar no mundo e de qual maneira serão lembradas. Esse pensamento reflete muito uma mudança de mentalidade de gerações: enquanto antigamente a preocupação eram os bens materiais, agora o mais valorizado é o impacto e as vidas que aquela pessoa tocou.
O “Legado Solidário” é um projeto lançado em 2017 com o objetivo de incentivar a realização de um testamento público e a doação de uma porcentagem da herança ou algum bem para uma instituição filantrópica. Independentemente da quantia, o intuito é contribuir para as futuras gerações e a construção de um futuro melhor através do seu patrimônio, mesmo após a morte.
O testamento solidário é simples e pode ser feito por qualquer pessoa acima de 16 anos que esteja em plena capacidade e condições de expressar a sua vontade diante de um tabelião em um Cartório de Notas. De acordo com a lei, além do testador, são necessárias mais duas testemunhas, que não podem ter parentesco com quem está doando ou com o beneficiário.
O UNICEF, órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) que promove os direitos e o bem-estar de crianças e adolescentes em vários países pelo mundo, é uma das instituições que participam do programa de testamento solidário. Com uma grande variedade de projetos para crianças desprotegidas, cerca de 8% das doações que recebe são provenientes de testamentos.
A criação de incentivos como o testamento solidário busca despertar nas pessoas a vontade de fazer parte da mudança, deixar um legado que faça do mundo um lugar melhor e colaborar com projetos que ajudam os menos favorecidos. Confira o passo-a-passo para a realização de um testamento solidário:
- Pesquise mais sobre a instituição que você deseja doar e quais os seus projetos.
- Decida qual a quantia ou qual bem – financeiro, móvel ou imóvel, você gostaria de doar para a instituição.
- Vá a um Cartório de Notas e expresse a sua vontade, na presença de uma escrivão e duas testemunhas.
- Envie a cópia do testamento ao beneficiário, mostrando que você o incluiu em seu testamento.
Se você gostou deste assunto, escute o episódio do “Podcast Conversas Sinceras Sobre Viver e Morrer” que originou este artigo.