Pensar sobre a morte é honrar a vida que se tem3 min de leitura

Pensar sobre a morte é honrar a vida que se tem3 min de leitura

Há quem diga que falar sobre a morte pode trazê-la para perto.
Para começo de conversa, usamos eufemismos o tempo todo para falar que alguém morreu, não é? “Fulano foi pro céu”. “Fulano partiu desta para melhor.”
(e mais uma série destas frases prontas e, até, certas vezes, desrespeitosas).
Veja bem: se falar sobre gravidez não engravida, por que falar sobre morte a atrairia?
Brincadeiras à parte…
Assim como é o nascimento, a morte deve ser encarada como um processo natural do ciclo da vida. Sabemos que isso pode ser um caminho um pouco difícil que ainda envolve uma série de tabus, preconceitos e desinformação – por isso estamos aqui escrevendo: para te ajudar a entender tudo isso com maior leveza e naturalidade.
Quando perdemos uma pessoa amada, o luto é inevitável e ele é profundamente transformador. Provavelmente você já deve ter passado por essa experiência (e sentimos muito pelas suas dores!) e, de alguma forma, esse luto mexeu com algo aí dentro. Em suma, parece que, finalmente, passamos a dar mais atenção ao que um dia parecia insignificante: tomar um café na companhia de alguém, conversar com seus melhores amigos, apreciar a comida saborosa da sua mãe ou ter um dia produtivo e satisfatório no trabalho.
Assim como o luto pode trazer muita dor e sofrimento, ele pode emergir a possibilidade de autoconhecimento e transformação.
Mas a questão é que não gostaríamos que somente os momentos de dor e profunda tristeza te fizessem ter consciência do presente. Não gostaríamos que você estivesse diante de um diagnóstico de uma doença grave para apreciar os detalhes da vida que lhe resta.
Gostaríamos que esse despertar acontecesse agora, enquanto você lê esse texto.

A MORTE NOS DÁ A POSSIBILIDADE DE RENASCIMENTO.

Normalmente, após o fechamento de um ciclo, renascemos de forma resiliente e muito mais conscientes do que vem pela frente.
Quer um exemplo? Olha só:
Você foi demitido ou demitida de um emprego que já não te agradava mais. O salário era ruim, os colegas eram inconvenientes e não via uma chance de crescimento.
A experiência é ruim, difícil, a gente sabe.
Mas pense que essa experiência negativa fez você refletir sobre seus valores, sobre o que você deseja para sua carreira profissional: e ressignificar é fundamental para a vida seguir em frente!
Mais um exemplo:
Eis que você toma um “pé-na-bunda” após um relacionamento longo que já vinha adiando há um tempo e não tinha coragem de terminar.
Essas pequenas “mortes” são doloridas. Mas a gente também sabe que são oportunidades de fazermos diferente, mais cientes sobre nossas escolhas.
Pensar que as dores são transformadoras nos abre novas possibilidades é uma forma de enxergarmos perspectivas nunca antes vistas: há momentos em que a vida nos pede um novo olhar.
E não tenha vergonha ou medo de pedir ajuda quando o caminho for tortuoso demais para seguir sozinho: ter uma rede de apoio fortalecida ou até mesmo o acompanhamento profissional de um psicólogo pode te auxiliar quando tudo parecer complicado demais.
Livrar-se de amarras das culpas pelo que aconteceu é uma atitude nobre de autocuidado: lembre que você é a pessoa mais importante da sua vida.
Por fim, deixamos algumas provocações: como você gostaria de ser lembrado caso morresse amanhã? O que você tem feito para impactar as pessoas que você ama?

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