Você sabia que hoje, 10 de outubro, é o Dia Mundial da Saúde Mental?
Aproveitando a força e a importância dessa data que foi instituída em 1992 pela Federação Mundial da Saúde Mental, trouxemos algumas reflexões referentes ao autocuidado de pessoas enlutadas.
Antes de tudo… o que é Saúde Mental?
De acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde, Saúde Mental refere-se a um bem-estar no qual o indivíduo desenvolve suas habilidades pessoais, consegue lidar com os estresses da vida, trabalha de forma produtiva e encontra-se apto a dar sua contribuição para a comunidade.
Fugindo um pouco de termos técnicos e definições: saúde mental é quando você se sente bem consigo mesmo, tem boas relações com as pessoas à sua volta, entende que a vida é feita de bons momentos e desafios – e consegue superá-los. Ter saúde mental também é reconhecer os próprios limites e, quando algo não vai bem, procura buscar ajuda profissional.
EM CASOS DE LUTO… É NATURAL QUE NOSSA SAÚDE MENTAL FIQUE UM POUCO BAGUNÇADA.
O luto é uma reação natural e esperada diante uma perda: de uma pessoa amada, de um emprego, de ideias, sonhos, expectativas – lembre que todo luto é válido e deve ser reconhecido! E atravessar o processo de luto é fundamental para que possamos elaborar a perda e consigamos dar um novo sentido para a vida.
E essa trajetória é importante para que possamos nomear e elaborar os sentimentos envolvidos. Assim será possível seguir em frente, onde cada pessoa será capaz de identificar e reconhecer a forma que a fará se sentir melhor diante do acontecido.
Embora muitos digam que o luto é caracterizado por fases e que ele pode ser superado, na prática não funciona assim. Ele demanda tempo para que a pessoa possa se reorganizar e, é comum que existam momentos de maior fragilidade e sentimentos de tristeza ou saudade venham à tona – principalmente em datas comemorativas, por exemplo.
E ASSIM COMO O AMOR POR QUEM SE FOI É INFINITO, OS SENTIMENTOS INERENTES AO LUTO TAMBÉM SÃO.
Entretanto, muitas pessoas não conseguem lidar com o luto – o que pode se tornar um Luto Crônico.
Nessas situações, procurar ajuda é sinônimo de coragem e uma atitude de AUTOCUIDADO.
Quando a pessoa enlutada sente-se sobrecarregada e tem dificuldade em aceitar a perda, não consegue retomar as atividades rotineiras com qualidade e a desorganização e o sofrimento se prolongam além do esperado, é preciso buscar ajuda profissional.
Para isso é importante observar a intensidade e a frequência e a duração desses sentimentos negativos.
Assim, o papel de psicólogos e psiquiatras especialistas servem como uma ponte para o acolhimento e o cuidado que tanto merecemos em momentos de fragilidade.
💜Se possível, procure um profissional especialista em pessoas enlutadas que esteja disposto a ouvir sem julgamentos – respeitando o seu tempo e a sua história.
💜Fortaleça a sua rede de apoio: converse com pessoas próximas (e de confiança) sobre o que você está passando e explique as suas necessidades. Procure alguém que esteja disponível para uma escuta ativa de qualidade e que possa te fornecer o suporte genuíno.
O seu processo de luto é único e individual: cada um de nós enfrenta e entende a morte de maneira muito particular. Por isso, olhar com carinho para o que está sentindo (ou até mesmo das pessoas à sua volta) é respeitar a sua história de vida e é uma prática de autocuidado.
Quando você notar que está mais difícil que o normal, lembre-se de ser mais gentil com a sua saúde mental e não tenha medo de solicitar a ajuda profissional necessária para que a vida possa seguir adiante com seus sonhos, valores e objetivos.