Dicas para ajudar pessoas enlutadas6 min de leitura

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Só quem já perdeu uma pessoa querida sabe a dor que é lidar com a ausência de alguém que já partiu. Junto do sofrimento vem ainda a insegurança em relação ao futuro: é comum a gente se perguntar “e agora, como será?” 

Não existe uma fórmula: cada pessoa lida de uma forma diferente com seus sentimentos, mas a tendência é que a dor diminua (e não desapareça) com o passar do tempo. Embora seja um momento de profunda tristeza, o luto é uma reação normal e que precisa ser vivenciada para assimilar a perda. 

Para ajudar você a atravessar essa fase, separamos dicas de pessoas que passaram ou estão passando pelo luto. 

De qualquer maneira, é importante evitar a reclusão. O apoio de amigos e familiares nos dá mais força para encarar esse processo. 

“O que mais me ajudou no processo do luto foi o livro, poder falar. A palavra é a pomada cicatrizante. Todo mundo que me procura, eu falo: pega o celular, abra o gravador e começa a falar das histórias, das lembranças e das coisas boas. Como vocês se conheceram, quando vocês se encontraram, como é que o filho nasceu, quais as primeiras lembranças do seu pai e da sua mãe. 

Guarde essas histórias, porque essa é uma forma de você preservar o que há de melhor dessa pessoa. Quem souber escrever, escreve. Quem preferir falar, grava. “ 

Anna Penido

“O que me ajudou no processo do luto foi justamente encontrar prazeres dentro de casa. Eu descobri lugares dentro da minha casa para eu sentir um conforto, foi algo que me ajudou durante todo esse período.”

Valéria Tinoco

“Eu acho que é acolher aquilo que eu sinto todos os dias.”

Fernanda Nicolete

“Eu acho que o meu processo foi muito movimentado pela indignação mesmo, então o que me movimentou foi indignação para fazer diferente. E aí vem uma compreensão de que nem sempre o que as pessoas dizem precisamos engolir sem questionar. Às vezes a gente pode sim questionar, impor nosso limite: “daqui para cá eu não quero mais ouvir”, “nesse momento eu não consigo…”

Damiana Angrimani

“Em todos os meus lutos, olhar para mim e para os recursos que eu fui encontrando no caminho me fizeram gostar da pessoa que eu fui me tornando. Obviamente que eu não gostei do sofrimento, ninguém gosta de sofrer. Mas o fato é que as experiências ruins também nos constroem. 

E quando a gente se permite, se joga nelas, quando vai ver o que vai dar, a gente sofre, pede ajuda, se fortalece, a gente acha espiritualidade, a gente perde espiritualidade, a gente cai e a gente se levanta. Essa pessoa que sai disso é uma pessoa muito bonita, é mais sábia de si mesmo, mais profunda, e eu gosto dessa experiência comigo.”

Gabriela Casellato

“O amor ressignificado e fortalecido, a capacidade de abdicação, compaixão, respeito e aceitação daqueles familiares mais próximos que se mantêm conosco incondicionalmente nesse processo de transição e transformação.

Sou abraçada e abastecida todos os dias pelo amor e apoio que vêm dos meus pais, irmãos, sobrinho e outras pessoas queridas e especiais que escolheram ficar. Gente que acredita comigo que acolher e aceitar, aprender e se ajustar pode nos fazer melhores e, quem sabe, capazes de contribuir para que a humanidade também seja.”

Silvana Caetano

RESPEITE SEU TEMPO E PERMITA-SE SENTIR TODAS AS EMOÇÕES PARA QUE SEJA POSSÍVEL RECONSTRUIR E REORGANIZAR A PRÓPRIA VIDA A PARTIR DESTA PERDA QUE TANTO DÓI.

Separamos alguns vídeos do nosso canal do Youtube e alguns episódios do Podcast Conversas Sinceras Sobre Viver e Morrer que poderão te ajudar a entender melhor sobre seus lutos.

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