O clichê dos clichês: a única certeza que temos é sobre a morte – mais cedo, ou mais tarde, ela baterá em nossa porta. Os mistérios sobre ela são inúmeros e cada religião encara o tema de uma maneira: enquanto uns acreditam na ressurreição, outros veem a morte como o fim de tudo.
No Budismo, por exemplo, fala-se muito sobre o conceito de impermanência e como esses pensamentos podem fazer com que encaremos a vida com outros olhos, com maior leveza e felicidade.
E COMO A IDEIA DE IMPERMANÊNCIA PODE NOS AJUDAR A VIVER COM MAIOR INTENSIDADE – INDEPENDENTE DE CRENÇAS E RELIGIÕES?
Antes de tudo, precisamos ter em mente que nada é estável. Os relacionamentos se desgastam, empresas fecham suas portas, plantinhas morrem e sentimentos se transformam a todo instante. Tudo muda o tempo todo!
Pensar dessa forma nos ajuda a enfrentar o sofrimento diante dessas perdas (ou melhor, fatos) ou transformações.
Por isso:
- Devemos aproveitar o presente com toda a nossa força e amor, como se o amanhã não existisse
- É preciso colocar todo o nosso sentimento no que fazemos hoje: seja relacionado ao trabalho, aos relacionamentos ou qualquer outra coisa
- Praticar o desapego com coisas materiais também é importante
No fim, a impermanência é um verdadeiro convite para vivermos o presente como se fosse o último dia de nossas vidas. De dizermos o quanto amamos alguém, de fazermos o que amamos.
Compreender e aceitar verdadeiramente a Lei da Impermanência é sobre aceitar e apreciar cada instante e que tudo – pessoas, coisas, objetos e sentimentos estão de passagem por nossas vidas.
Ficou interessado sobre o tema? Então assista a conversa “Contemplando a impermanência” que aconteceu durante o Sarau Virtual inFINITO do ano passado.
Nesta conversa, Gustavo Gitti e Tom Almeida falam sobre a contemplação da impermanência, em como ser feliz em um mundo impermanente. Gustavo Gitti é coordenador do olugar.org (comunidade online de florescimento humano) e facilitador no Centro de Estudos Budistas Bodisatva – CEBB SP.