Segundo o Ministério da Saúde, a população Yanomami está em 30,4 mil pessoas, incluindo 5 mil crianças. Vivem no norte do Brasil, entre Roraima e Amazonas – e no sul da Venezuela, na Reserva da Bioesfera Alto Orinco-Casiquiare em regiões ricas em florestas e montanhas.
OS YONOMAMI SÃO UM DOS MAIORES POVOS INDÍGENAS RELATIVAMENTE ISOLADOS DA AMÉRICA DO SUL. VIVEM EM COMUNIDADES EM FLORESTAS E MONTANHAS NO NORTE DO BRASIL E DO SUL DA VENEZUELA.
A morte para eles é bastante peculiar – e os rituais de despedida têm extrema importância para eles.
Os Yonomami acreditam em uma divisão bem clara entre a VIDA e a MORTE.

Quando um deles morre, seu corpo é cremado e as cinzas são colocadas dentro de uma cabaça chamada rixi. Então, as cinzas são misturadas em um mingau de banana conhecido como ripu onde é consumido por toda a aldeia.
Enquanto o mingau é preparado, os índios dançam.
Este mingau tem uma simbologia muito forte: ele é consumido para que o espírito do falecido volte para os que ficam, ajudando as pessoas na fortificação das doenças e contra o espírito mau.
Ao cair da noite, os homens se recolhem e a cerimônia continua com as mulheres, uma a uma, cantando para o morto.
QUANDO MORREM, ELES VÃO PARA O HUTU MOSI.
Quando os mortos se desprendem de sua base material (a vida aqui na Terra), eles se transformam em um espectro e vão para este lugar que é considerado uma casa coletiva, com muita festa e fartura (um lugar muito melhor do que a vida).
-Para eles, para que a pessoa possa morrer, todas as partes que a compõem precisam ser destruídas;
-Ou seja: todos os seus pertences devem ser eliminados;
-Seus nomes não devem ser mais pronunciados (pois isso pode chamá-los para perto);
-Eles estabelecem uma distância bastante clara entre morte e vida: acreditam que para que o morto possa ir para o Hutu Mosi e os vivos sigam suas vidas, é preciso esse afastamento.
É FEITO UM ESFORÇO PARA QUE OS MORTOS SEJAM ESQUECIDOS, ASSIM, PODERÃO SE ENCONTRAR NO HUTU MOSI PARA QUE VIVAM FELIZES.
Bem diferente da nossa cultura, não é?
Isso nos mostra a importância de termos um olhar mais atento para as minorias, sobretudo sobre a forma que vivem seus lutos: esse povo clama por mais dignidade e humanidade que foram perdidas ao longo dos últimos anos.
Referência da pesquisa: Como alcançar o céu Yanomami se a imagem capturada está disseminada na internet? – SUMAÚMA (sumauma.com)