A celebração de Día de Los Muertos no México5 min de leitura

A celebração de Día de Los Muertos no México5 min de leitura

O que podemos aprender com a cultura que celebra a morte?

Falar sobre inovação em morte, é também pensar em como podemos nos inspirar em outras culturas para evoluirmos a maneira como lidamos com a finitude aqui no Brasil.
Em diversos lugares do mundo, a morte não é tratada como algo “velado”. Ela é vista como um destino ao qual todos nós iremos alcançar, algo que nos conecta, nos transforma e é comum a todos os seres humanos.

A cultura com um dos maiores exemplos em transformar a maneira como lidamos com a morte, é a mexicana. No dia 2 de novembro, é celebrado o Día De Los Muertos, uma comemoração de origem pré-hispânica que homenageia aqueles que já se foram.

Para os mexicanos, a morte é tratada como algo familiar, e não triste ou obscuro.

As celebrações acontecem ao redor de todo país e muitas pessoas dizem que o Día De Los Muertos tem uma intensidade parecida com o Carnaval Brasileiro.
Para eles, tudo é uma festa: eles colocam todo o seu empenho e dedicação nas decorações com muitas rosas, caveiras, bandeiras, velas e claro, muita comida.

As pessoas e famílias procuram se reunir, se fantasiar e fazer procissões pelas ruas das cidades onde moram.

Outras características que fazem parte desta comemoração:

  • Eles encaram o Día De Los Muertos como uma celebração da vida e da morte.
  • Um dos símbolos mais conhecidos do país é a caveira.
  • A celebração é cheia de cores e é bem divertida.
  • Além da celebração também ocorre o momento de oração e culto aos mortos.
  • A festa está relacionada ao orgulho patriótico do país.
  • As crianças são ensinadas desde cedo sobre a importância da celebração e recebem um papel importante durante as festividades.
  • Para recordar a lembrança de quem já foi, são feitos pequenos altares.
  • Existe um mercado consumidor aquecido que vende pingentes, correntes, brincos e mochilas com a imagem da Santa Morte.

Se você quer saber mais sobre como funciona a cultura mexicana em relação à morte, temos dois materiais muito incríveis para indicar.

A animação “A vida é uma festa”, indicada ao Oscar, retrata a celebração de forma sensível e bela (perfeito para assistir em família):

E a matéria do EL País, onde algumas dessas informações foram retiradas:

https://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/01/sociedad/1414853802_175512.html

O maior exemplo que podemos tirar dessa maneira de lidar com a morte da cultura mexicana, é que as pessoas ficam felizes de se encontrarem com os entes queridos e familiares. É uma oportunidade de celebrar a vida de quem já foi e de mostrar que é possível seguir em frente, mesmo com saudade.

Quando abrirmos conversas sobre a finitude e entendemos verdadeiramente que ela é inevitável, nos tornamos pessoas mais completas (e complexas!) e passamos a enxergar a importância dos momentos vividos.

Isso não significa que existe uma fórmula ou uma maneira de deixar a morte mais leve, pelo contrário. Morrer ou perder alguém que amamos se mantém igualmente doloroso, devastador e sofrido. Isso não muda e nunca irá mudar!
O que pode vir a ser diferente é como nos preparamos para lidar com a dor da perda e com o luto antecipado de saber que um dia partiremos deste mundo.

Independente da sua crença, da sua religião e daquilo que você tem como verdade, uma coisa é certa: a morte não precisa ser o fim!

PODEMOS CARREGAR CONOSCO A MEMÓRIA DAQUELES QUE UM DIA FORAM TÃO IMPORTANTES, O SENTIMENTO QUE NUNCA SE APAGA, A SAUDADE QUE APERTA NO PEITO E, O MAIS IMPORTANTE DE TUDO: QUE A VIDA CONTINUA.

Precisamos aprender a manter quem amamos por perto e celebrar o fato de que um dia eles estiveram aqui conosco.

Esse tema te interessou? Então venha conversar sobre morte, luto, finitude e cuidados paliativos com a gente no Festival inFINITO – Ano 5! ✨

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