Frequentemente, o conceito de cuidados paliativos é mal interpretado.
É comum que algumas pessoas achem que é um “remendo”, uma “gambiarra”, algo para quando “não há nada mais a se fazer”.
COM CUIDADOS PALIATIVOS, SEMPRE HÁ O QUE SER FEITO.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, os cuidados paliativos são uma abordagem multidisciplinar que deve ser ofertada no momento do diagnóstico de uma doença que ameace a continuidade da vida.
Não necessariamente terminal (embora também), mas cuja gravidade coloque a pessoa em risco. Com cuidados paliativos, a tendência é viver mais e melhor.
O paciente e os familiares são o foco dos cuidados, são prioridade. Todas as dores são vistas: não apenas as físicas, como as psicológicas, sociais, financeiras, espirituais e tudo o que mais doer. A ideia é minimizar ou mesmo zerar esses efeitos.
Infelizmente, o acesso aos cuidados paliativos ainda muito menor do que o necessário aqui no Brasil. É natural que haja uma série de dúvidas a respeito.
Por isso, separamos algumas questões comuns:
1.Quem pode se beneficiar dos Cuidados Paliativos?
Toda pessoa que recebeu o diagnóstico de uma doença que coloque a vida em risco. Exemplos: câncer, Alzheimer, esclerose, Parkinson etc. Os familiares também são beneficiados, pois há uma assistência completa e multidisciplinar que dá conta de uma série de cuidados.
2.Cuidados Paliativos são indicados somente para pessoas idosas?
Não! Vale para qualquer idade – inclusive crianças, inseridas no contexto da resposta acima.
3.O tratamento médico tradicional será mantido?
Sim, caso as intervenções façam sentido para a melhora e para o conforto do paciente. Os cuidados paliativos somam esforços em busca do que é mais adequado para o paciente e para os parentes próximos.
Em algum momento, familiares, paciente e equipe de saúde podem decidir por seguir com cuidados paliativos exclusivos – mas essa é sempre uma decisão compartilhada.
4.Quais são os principais benefícios dos Cuidados Paliativos?
O principal objetivo é controlar sintomas e efeitos colaterais, buscando promover uma camada extra de conforto às dores físicas, emocionais, sociais, financeiras, espirituais etc. É fornecer uma assistência terapêutica em diversos âmbitos da saúde em um momento em que o paciente está mais fragilizado, demandando um olhar completo, que valorize a sua autonomia e decisões.
5.Quais são os pilares dos Cuidados Paliativos?
a) Controle de sintomas: fornecer o máximo de qualidade de vida, buscando minimizar ou mesmo zerar dores e efeitos colaterais. O conforto é prioridade;
b) Abordagem multidisciplinar: médicos e enfermeiros são os profissionais com os quais estamos mais acostumados. Mas, nos cuidados paliativos, ganham igual importância também os fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, eventuais assistentes espirituais etc. Todos aqueles que possam somar em prol de um olhar completo para o paciente e para os familiares.
c) Comunicação: os profissionais são treinados para conduzir situações delicadas, pois convivem com o paciente e com os familiares em momentos extremamente frágeis para eles. É necessário priorizar os valores daquela pessoa, apresentar as diversas opções para que, com autonomia, pacientes e familiares tomem as suas decisões – mas menores às maiores.
d) Apoio à família: conversar, mediar diálogos e ajudar na tomada de decisões também é parte do papel dos profissionais da saúde junto aos familiares do paciente; bem como acompanhar e oferecer suporte neste momento difícil.
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✨Esse artigo faz parte da série “A revolucionária forma de cuidar.”